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    Como funciona a memória muscular

    Por Ex-Magnus Personal Trainer em

    Quem não gosta de fazer musculação usa como primeira desculpa para não se exercitar a seguinte frase: de que adianta malhar se quando você para perde tudo? Não é que isso seja uma mentira, mas também não verdade absoluta. Nossos músculos possuem uma memória e ela pode ficar lá durante anos sem perder nem 1% dela.

    Quem faz musculação sabe como é complicado manter sempre o ritmo. Mas tem algum momento na vida que realmente não dá: trabalho, viagens, mudança. Vários fatores podem fazer com que você tenha que passar algum tempo longe das academias. O músculo começa a diminuir e perder a massa muscular que você tanto trabalho para ter. Mas, a coisa não é tão simples como parece.

    As células trabalham a nosso favor

    Sempre que você aumenta o ritmo dos treinos, exigindo cada vez mais do corpo, as células precisam trabalhar mais para tentar manter o corpo bem durante o treino. O músculo precisa de mais nutrientes e, principalmente, mais oxigênio para trabalhar e é nesse momento que novas células começam a ser criadas. São os miócitos, nossas células musculares.

    São essas células que nos ajudam a ganhar cada vez mais massa muscular e fornecem o aporte de nutrientes necessários para que o músculo possa se desenvolver.

    Quando paramos os treinos a nossa massa muscular diminui, mas a quantidade de miócitos continua a mesma, por muitos e muitos anos. É exatamente a isso que damos o nome de memória celular e é por causa dela que quando voltamos a treinar, ganhamos hipertrofia de maneira mais rápida.

    Pesquisas realizadas

    Uma pesquisa feita utilizando camundongos conseguiu comprovar essa teoria. Uma pequena parte do músculo foi retirada da perna do camundongo para que ele usasse com mais frequência a outra perna.

    O objetivo disso era fazer com que a perna que mais trabalhasse formasse mais músculos e mais miócitos e foi exatamente isso o que aconteceu.

    Depois disso, uma pequena parte do músculo hipertrofiado foi retirado do camundongo para que ele começasse a atrofiar. Os cientistas observaram que houve perda de massa muscular, mas a quantidade de miócitos permaneceu inalterada por, aproximadamente, 3 meses. Um tempo considerado bastante extenso se tratando de um animal que tem uma expectativa de vida de 2 anos.

    O que acontece conosco

    Ainda não foram realizados testes em seres humanos, mas é possível notar que quando ficamos muito tempo longe dos treinos é mais fácil ganhar hipertrofia do que da primeira vez. É claro que existem outros mecanismos envolvidos aí, como por exemplo, o fato de saber executar o movimento de maneira correta, saber qual o tipo de treino, a quantidade de carga, entre outros.

    Um outro ponto interessante é a relação entre a memória muscular e a idade. É impressionante a quantidade de tempo que a nossa memória muscular consegue se manter.

    Os jovens conseguem criar uma memória muscular de maneira mais rápida já que o organismo esta a todo vapor e a síntese de miócitos é maior. Por isso, se quando ainda jovens fizermos exercícios a memória muscular ficará ali até chegarmos em uma idade mais avançada.

    group of gym people in an aerobics class

    A prática do exercício físico não é apenas importante para se manter bem e com saúde hoje, mas é também pensar no futuro. Pense que mesmo depois de anos parados, sem nenhum tipo de exercício, é possível conseguir melhores resultados nas academias do que um jovem iniciante. Prepara-se para o seu futuro e comece agora.

    Fonte: Malhar Bem.

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